
Por Humberto Azevedo
O deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) encaminhou hoje ofícios ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e ao encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) no Brasil, Gabriel Escobar, solicitando providências imediatas diante do constrangimento sofrido pelo atleta olímpico Hugo Calderano, impedido de entrar nos Estados Unidos para disputar o torneio internacional WTT Grand Smash Las Vegas.
Calderano, um dos maiores nomes do tênis de mesa mundial e representante de destaque do Brasil, teve a entrada recusada pelas autoridades migratórias norte‑americanas apesar de portar passaporte português e estar regularmente autorizado a viajar pelo programa Visa Waiver Program (ESTA). A negativa teria sido motivada por uma viagem anterior do atleta a Cuba, em 2023, para participar do campeonato pan-americano e do torneio qualificatório dos jogos olímpicos de Paris de 2024.
O torneio, que tem início nesta sexta-feira, 4 de julho, é um dos maiores torneios da modalidade esportiva em disputa em todo o mundo. E Calderano que vive sua melhor fase atualmente será duramente prejudicado, caso não participe deste torneio em território estadunidense.
De acordo com Hauly, o fato “não se sustenta juridicamente nem respeita os princípios de reciprocidade entre nações amigas”. Nos ofícios, o parlamentar exige apuração imediata do ocorrido pelas autoridades norte‑americanas; retratação formal ao atleta e ao Governo Brasileiro; e garantia de que situações semelhantes não voltem a ocorrer com cidadãos brasileiros.
“É inaceitável que um atleta brasileiro, com carreira ilibada e em plena atividade internacional, seja impedido de representar seu país sem justificativa clara ou direito de defesa. O Brasil merece respeito, e o esporte é uma das faces mais nobres da nossa diplomacia,” disparou o deputado.
“O esporte nunca deveria ser palco de barreiras políticas ou discriminatórias. Estamos vigilantes para que todos os nossos atletas tenham assegurado o direito de competir em igualdade de condições”, completou.
A embaixada cubana se manifestou sobre o episódio: “Os EUA deveriam ser punidos por esses recorrentes artifícios que violam os esportes e a soberania das nações. Vergonha e arrogância imperialista. Todo apoio à Hugo Calderano”.
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